Alegria tem preço
Marcelo Fernandes
O Projeto de Marcelo Fernandes vai além da temática, é um testemunho documental de que “Alegria tem preço” sim senhor.
O que atraiu o olhar do fotógrafo, em 2009, foi o tema, a aparência do circo é fascinante, mas logo no início do trabalho, Marcelo percebeu que muita vida pulsava além do picadeiro e muito trabalho antecedia o momento passageiro do espetáculo.
Entrar no circo pela porta da casa foi a opção do fotógrafo, a casa Circo Teatro Biriba, onde um dia após o outro, com noites no meio, o caminhão na estrada, um constante monta e desmonta, e caminhão na estrada, circo de lona, terra de lama, espia, é o circo!!!
Sorriso aberto que o espetáculo vai começar.
Entre a realidade e o olhar do fotógrafo, a ficção, na ficção da cena a arte, no retrato do espelho o personagem, a santa ceia com maionese e coca cola, o palhaço no brilho do seu show, brincadeiras de criança tão infantis quando é possível,
Quem é mais real, o ator ou a interpretação?
Lembre-se: Alegria não tem preço.
Lucila Horn
Data: De 24 de Agosto a 03 de Setembro.
Local: Passeio San Miguel, Baln. Camboriú.
Coletiva Câmara Setorial de Fotografia – BC
Primárias
Nilo Bazetto Netto
O Corpo em uma experiência atemporal
Henrique Santian
O corpo em uma experiência atemporal, idealizado pelo fotógrafo Henrique Santian, teve início em 2008 com a série documental de performances urbanas sobre a nudez, nas escadarias da Lapa no Rio de Janeiro. Em 2009 o projeto tomou corpo de fato, quando passou a construir uma proposta de produção, trabalhando ensaios onde o corpo e a paisagem se complementam.
O desejo de colocar a beleza natural do corpo, livre para expressar sua graça e personalidade em diferentes situações, onde ganham novos significados por meio de interações improvisadas e espontâneas com o meio ao redor.
Intencionalmente a ideia é dar voz ao corpo; é deixá-lo manifestar-se livremente.
A série fotográfica explora os movimentos do corpo e os elementos da natureza com técnicas fotográficas que valorizam e realçam sutilmente a nudez, numa estratégia para ativar reflexões sobre o tema e construir outras visões sobre o mesmo.
A construção dos ensaios contou com a participação de artistas e outros voluntários que foram registrados em paisagens naturais dos estados do Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
Data: de 24 de agosto a 24 de setembro.
Local: Galeria Municipal de Arte, anexa ao Teatro Municipal.
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Tempo Litoral
Leonardo Bittencourt
É uma coletânea de imagens do fotógrafo
Leonardo Bittencourt sobre o limite terrestre e o marinho, com sua incrível capacidade de prender o olhar alheio ao tempo.
Neste ambiente que sempre nos cativa, o tempo não pode ser medido em dias, horas ou minutos, os instantes são determinados pelo olhar contemplativo e infinito do vai e vem das ondas, do salto do peixe, do movimento das marés.
São fotografias que emocionam, tocam e lançam um olhar prolongado pelo instante de tempo a fixar em nossos corações suas belezas e sensações. São momentos que só encontramos quando estamos de alma tranquila, a observar o mar.
Data: de 24 de agosto a 3 de setembro.
Local: Art Gallery Cássia Acosta, situada no Passeio San Miguel.
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Sombrias Estações
Nildo Teixeira
“Conheci Nildo Teixeira, o Bola, por intermédio de um amigo comum, o mestre fotógrafo Flávio Damm. Foi no início de 2007. Na época ele era diretor de redação da Editora Photos, com sede em Balneário Camboriú, que editava as revistas Photos e Imagens e Photo Magazine (… Tive o prazer de ter duas matérias sobre meu trabalho de fotógrafo publicitário publicadas nas revistas com o texto do Nildo.
Atualmente é editor do portal publixer.com.br e tem um programa de conteúdo cultural na rádio Transamérica FM de Balneário Camboriú. Tem dois livros publicados, “O Craque Eterno”, biografia de seu pai, e “Quem sou Eu – A Saga da família Fischer”, biografia do hoteleiro Klaus Fischer.
Nildo também é fotógrafo. A arte da fotografia o acompanha desde que usava calças curtas quando ganhou uma câmera Yashica FX, formato135. Era o tempo dos filmes (…) Era o tempo do analógico quando não se corria tanto contra o tempo. “Matamos o tempo. O tempo nos enterra”, disse Machado de Assis.
Em 2014 percorreu o Parque Marumbi munido de uma câmera Lumix, de um iPhone IV e de seu olhar. Palmilhou matas e trilhas. Descobriu trilhos e estações da linha férrea há muito tempo desativados. A floresta tropical que deslumbrou e apavorou Renatus Cartesius no “Catatau” do Paulo Leminski a tomar conta dos lugares abandonados. A selva a ocupar o seu espaço natural antes da chegada do homem. E a invasão dos bárbaros com seus sprays e pinceis e tintas a estragar a paisagem. As fotos foram tratadas no Photoshop e, para dar mais dramaticidade às imagens, Nildo escolheu o P&B com um semi auto contraste, onde os meios tons quase desapareceram. Daí as sórdidas estações: o que está sendo devastado pela natureza e suas quatro estações e degradado pela mão do homem”.
Dico Kremer, fotógrafo e curador da exposição
Data: De 18 de agosto a 18 de setembro.
Local: BC Shopping.
Conteúdo: 11 fotografias, formato 30×45.
A exposição Sombrias Estações é apresentado pelo Projeto Sórdidas Estações, LIC/2016/FCBC